Em abril de 2025 um assunto que envolve cultura pop, ciência, agricultura e muito estudo estava em alta. Uma viagem espacial, com uma equipe exclusivamente de mulheres, levava à bordo a cantora pop norte-americana Katy Perry e sementes brasileiras.
Essas palavras juntas em uma mesma frase podem até parecer loucura, mas isso aconteceu de verdade. A missão espacial suborbital da Blue Origin foi um marco histórico em muitos sentidos.
Contudo, neste artigo vamos focar apenas na importância que ela teve para a agricultura brasileira e mundial. Então, se você quer entender mais sobre como o espaço impacta as plantas e sementes, continue lendo este conteúdo até o final.
Histórico de sementes brasileiras no espaço
Apesar das atenções do público geral terem se voltado para esse assunto agora, essa não foi a primeira vez que sementes brasileiras embarcaram em uma missão espacial.
Em 2006, o astronauta brasileiro Marcos Pontes, ficou encarregado de levar sementes de gonçalo-alves à Estação Espacial Internacional (ISS), durante a Missão Centenário.
Essa ocasião também contou com a parceria da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e nela foi constatado que a germinação das sementes foi mais rápida e eficiente em microgravidade.
Com isso, os pesquisadores obtiveram dados extremamente importantes para a biotecnologia vegetal. Dando assim início a jornada espacial agrícola brasileira.
O que esperar do estudo das sementes brasileiras no espaço
No caso da missão deste ano, a responsável por levar as sementes brasileiras até o espaço foi a ex-cientista de foguetes Aisha Bowe. E dessa vez, as culturas selecionadas foram grão-de-bico da cultivar BRS Aleppo e batata-doce.
O intuito desse estudo é o aprimoramento das técnicas de melhoramento genético das plantas. Também espera-se que seja possível reaplicar essas formas aprimoradas na agricultura terrestre.
O estudo também aborda as barreiras que o ambiente espacial oferece para o cultivo de plantas. As barreiras levadas em consideração são a baixa ou ausência de gravidade, a alta radiação e a ausência de solo.
Os pesquisadores entendem que podem relacionar essas barreiras com as dificuldades encontradas na Terra, como baixo nutrientes encontrados no solo e baixa disponibilidade de água.
Com os estudos feitos no espaço e as soluções encontradas a partir deles, os pesquisadores acreditam que esses recursos podem ajudar na melhora ou no desenvolvimento de tecnologias voltadas para o agronegócio no nosso planeta.
Escolha das sementes
Foram levados em consideração alguns pontos para a escolha das sementes para essa missão. A batata-doce, por exemplo, foi escolhida por ter um crescimento rápido e seu manejo ser consideravelmente fácil.
Em relação a termos nutritivos, a batata-doce é rica em carboidrato de baixo valor glicêmico, além de contar com proteína.
Já o grão-de-bico possui alto teor nutricional, sendo rico em proteína e conta com adaptabilidade elevada.
A parceria que possibilitou a ida das sementes brasileiras ao espaço
Essa pesquisa foi feita através da Rede Space Farming Brazil que consiste em uma rede de pesquisas formada pela Embrapa com parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB).
Essa rede foi criada com o objetivo de buscar por inovações na produção de alimentos em ambientes fora da Terra.
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