No agronegócio, o fim de ano é sinônimo para se atentar às estimativas das safras do ano seguinte e entender melhor o que ocorreu no ano que está acabando. É sempre nesta época que conseguimos ver o impacto que ações e situações que ocorreram durante o ano causaram na agricultura.
Já falamos sobre as estimativas para a safra 2024/25 de grãos. E, agora, chegou a vez da produção de cana de açúcar. Em novembro de 2024 a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou sua terceira estimativa para esta cultura. Reunimos neste conteúdo as informações mais importantes e algumas outras dicas de cuidado com a cultura.
Então, continue com a leitura até o final para saber o que esperar para a próxima safra da cana e o que causou esses resultados.
Produção de cana de açúcar: estimativas e causas da redução
De acordo com o terceiro e último relatório de estimativas de safra da Conab, a produção de cana de açúcar no Brasil deve ficar em torno de 678,67 milhões de toneladas. Mesmo esse número sendo alto, ele representa uma queda de 4,8% em relação à safra anterior.
E mesmo com a colheita sendo menor, a área destinada para a plantação dessa cultura apresenta um aumento de 4,3%, sendo o equivalente a 8,7 milhões de hectares.
A principal causa para essa redução na safra de 2024/25 é a condição climática desfavorável. Como, por exemplo, os baixos índices pluviométricos e altas temperaturas. As queimadas também tiveram grande influência na queda da produção da cana.
Regiões responsáveis pela de cana de açúcar no Brasil
Existem algumas regiões do país que se destacam pela produção de cana de açúcar no Brasil. Nos tópicos abaixo você confere quais são essas regiões e o que se espera para a próxima safra em cada uma delas.
Sudeste
A região sudeste é a grande responsável pelo maior número de cana de açúcar produzida em terras tupiniquins. O Estado de São Paulo é o principal produtor dessa região e também é o que mais apresenta queda na produção para a próxima safra, tendo uma redução de 35,24 milhões de toneladas em relação à safra passada.
Para o sudeste, de forma geral, a redução é de 7,4% na safra de 2024/25, totalizando 434,48 milhões de toneladas. Mesmo com essa queda significativa, a área destinada à colheita no Sudeste deve crescer 5,7%, totalizando 5,39 milhões de hectares.
Centro-Oeste
Em contrapartida, a produção da cana de açúcar no centro oeste brasileiro mostra um aumento de 2,5% em relação à safra anterior. Sendo o equivalente a 148,62 milhões de toneladas de cana.
A área destinada para esta colheita também apresenta um aumento de 3,9%, o que resulta em uma área de 1,85 milhão de hectares.
Nordeste
A região nordeste também apresenta um aumento. Nessa região, o aumento é de 2,2% na produção de cana. Com isso, estima-se um total de 57,72 milhões de toneladas.
Diferente das outras regiões mencionadas, a colheita no nordeste ainda estava em andamento quando o levantamento da Conab foi feito. Esperava-se que a cultura atingisse 55% da produção até o final do mês de novembro.
Sul
O sul, assim como sudeste, apresenta queda na produção da cana de açúcar. Sendo esta de 12,8%, totalizando 33,76 milhões de toneladas. Neste caso, a queda ocorreu por conta da diminuição da produtividade e da área cultivada.
Impacto da redução plantação da cana de açúcar
A cana de açúcar serve como matéria prima para outros produtos. Como, por exemplo, o açúcar usado em receitas, e também o etanol! Por isso, a queda na produção da cana de açúcar causa impactos em outros mercados e segmentos.
A produção de açúcar está estimada em 44 milhões de toneladas, isso equivale a uma queda de 3,7% quando comparada com a safra de 2023/24.
Já a produção de etanol mostra um aumento, mas isso se dá pela produção de etanol derivado do milho. No total, serão produzidos 36,08 bilhões de litros, um aumento de 1,3% em comparação ao ano anterior.
Dessa quantidade total de litros, cerca de 28,86 bilhões de litros serão de etanol proveniente da cana. Esse número mostra uma queda de 2,8%. Já o etanol produzido a partir do milho tem uma crescente significativa de 22,1%, totalizando 7,22 bilhões de litros.
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