Até o século XIX as pragas e demais doenças agrícolas eram contidas com substâncias naturais e orgânicas. No entanto, durante a Segunda Guerra Mundial, o uso de defensivos agrícolas passou a ser a maior fonte de controle de pragas e doenças no agronegócio, como podemos ver no artigo publicado pela pesquisadora Lilia Aparecida Salgado de Morais, da Embrapa.
Durante a Segunda Guerra muitas áreas de plantação foram bombardeadas, o que contribuiu para a falta de alimentos para a sociedade. Assim, começou as buscas por formas de conseguir alimentos mais rápido o que resultou no uso de defensivos agrícolas, acreditando que esses produtos ajudassem no crescimento mais rápido da plantação. O que, claro, hoje sabemos não ser verdade.
Inclusive, no mesmo artigo citado acima podemos ver que com o passar dos anos ficou nítido que o uso contínuo, e sem cuidado, desse tipo de produto pode causar alguns riscos. Sendo assim, agricultores passaram a procurar novas soluções, como os produtos orgânicos ou com o uso racional de defensivos.
Neste conteúdo vamos mostrar como os óleos essenciais, e os produtos que os têm como base, podem ser usados na agricultura. Então fique atento e faça a leitura até o final para saber como ter uma plantação saudável e de boa qualidade.
O que são óleos essenciais e como são extraídos?
Os óleos essenciais são substâncias totalmente de origem vegetal, visto que são armazenadas e liberadas pelas plantas. São encontrados nas partes aéreas das plantas, como por exemplo, folhas e ramos e também nos troncos, raízes, cascos, frutos, sementes, entre outras partes.
Esses óleos podem atuar como inseticida, fungicida, bactericida e até mesmo repelente. É preciso se atentar às propriedades de cada tipo de óleo para saber para o que ele pode ser usado.
Os terpenos, que são os compostos orgânicos extraídos das plantas e encontrados nos óleos, são capazes de reagir a diferentes substâncias e criar assim compostos químicos, como o mentol, cânfora, vitamina A, esqualeno, limoneno e o farnesol.
A extração deve ser feita através de técnicas específicas para esse procedimento. Essas técnicas podem ser: hidrodestilação, maceração, extração por solvente, enfleuragem, gases supercríticos e microondas.
Sendo o mais usado o hidrodestilação que se divide em arraste a vapor e coobação. Dentre essas duas subdivisões, o mais usado é o arraste a vapor. Apesar da extração de óleos essenciais não ser uma atividade muito complexa, ela exige muito conhecimento e domínio da técnica usada.
Além do domínio da técnica usada, também é preciso contar com conhecimentos químicos, para entender o procedimento de extração. E também é necessário entender a biomassa vegetal.
Assim, é possível obter o máximo de eficiência do sistema e alto rendimento do produto final, como fica claro no comunicado técnico de descrição e técnicas de extração de óleos essencias do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
O uso dos óleos essenciais na agricultura
Os estudos sobre óleos essenciais na agricultura passaram a ganhar novas atenções na década de 1990, como podemos ver na pesquisa feita por Mishra & Dubey em 1994, onde foi usado o óleo essencial do capim-limão para combater fungos nas plantações.
Em 1996, Adegoke e Odesola continuaram os estudos com o óleo de capim limão e foi constatado sua eficácia no combate aos fungos que atingem as plantações de feijão.
Já em 2004, um estudo publicado na Revista Brasileira de Farmacognosia mostrou como o óleo essencial do orégano atuava nas plantações de arroz. Com o estudo foi comprovado que o óleo essencial é capaz de combater os fungos que atingem essa cultura.
Os óleos essenciais de eucalipto citriodora,citronela e tomilho foram estudados em 2007 e obtiveram resultados positivos na redução da severidade dos sintomas da ferrugem asiática, em casa-de-vegetação, como podemos ver nesta pesquisa.
Esses são só alguns dos principais estudos feitos sobre como os óleos essenciais podem ser usados, de forma benéfica, para a agricultura. Com eles, é possível entender que esses produtos possuem importante papel no controle de pragas, insetos e fungos.
Os óleos essenciais podem agir de forma direta, pela inibição da germinação de esporos
e do crescimento micelial e também indireta, ao produzir compostos de defesa da planta.
É importante ressaltar que mesmo sendo produtos com origem vegetal, os óleos devem ser usados com cautela e somente nas culturas específicas.
Pesquisas mais recentes no Brasil
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) do Acre fez um estudo usando o óleo essencial extraído da pimenta-de-macaco em que foi possível identificar o forte teor inseticida que ela oferece.
A planta, que é abundante nos estados amazônicos brasileiros, mostrou que é ótima no controle de diversas pragas. Durante o estudo, por exemplo, os ataques de broca-dos-frutos caíram cerca de 87% nas culturas de abacaxi.
O óleo extraído da pimenta-de-macaco é rico em dilapiol. A dilapiol é uma substância muito usada nos ramos farmacêutico e agroquímico.
Esse insumo também se mostrou muito eficiente no combate a lagarta-do-cartucho do milho e do psilídeo-dos-citros, principal causador de doenças da citricultura. Para essa pesquisa foi usado produto com 85% de dilapiol concentrado.
O resultado foi: mortalidade de 98% da lagarta-do-cartucho de milho e entre 90% e 100% dos psilídeo-dos-citros em fase ninfa. Já nos psilídeos adultos, a eficácia foi de 99%.
Um estudo feito pelo Programa Universal Amazonas, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), testou 12 óleos essenciais para o controle de doenças em vegetais.
Os óleos testados foram extraídos de: cúrcuma, alecrim-da-chapada, alecrim-pimenta, erva-cidreira, hortelã-japonesa, hortelã-da-folha-miúda, alfavaca-cravo, joão-brandim, pimenta-longa, mático e caapeba-cheirosa.
A avaliação desses óleos ocorreu em três doenças diferentes. Sendo elas: antracnose da pimenta-de-cheiro; mancha-alvo do tomateiro e antracnose da cebolinha.
O óleo extraído do alecrim-da-chapada se mostrou eficiente no controle das três doenças, enquanto o do alecrim-pimenta mostrou controle da mancha-alvo do tomateiro.
Óleos essenciais nos produtos Green Place
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Por isso, todos os produtos oferecidos pela Green Place contam com inovações tecnológicas sustentáveis e integradas, unindo estratégias de nutrição, defesa e proteção, melhorando os resultados no campo e a rentabilidade do produtor.
A Green Place faz uso de óleos essenciais na formulação de seus produtos, que vão desde bioadjuvantes, fungicidas, herbicidas, inseticidas, fertilizantes, entre outros.
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