Entenda o que é agricultura de baixo carbono e como fazer

A agricultura brasileira é extremamente importante para o país, visto que gera bastante emprego para a população e é uma das principais fontes de alimento para os brasileiros. Para a economia, também tem grande importância, já que muitos produtos são exportados.

No entanto, para manter esse nível de importância, é preciso estar atento a alguns cuidados necessários para uma plantação saudável e de qualidade. Por isso, a agricultura de baixo carbono tem sido cada vez mais discutida e praticada por produtores agrícolas do país.

A emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) é uma grande preocupação, não só para a agricultura, mas para toda a população no geral. Isso porque, esses gases causam grande impacto no balanço de radiação solar do Planeta, o que resulta no aquecimento global.

Sendo assim, a busca por maneiras de reduzir os GEE é fundamental para garantir a saúde e bem estar do planeta. E, a agricultura pode contribuir com isso, seguindo as boas práticas e os programas criados com esse objetivo. 

No conteúdo de hoje, vamos explicar sobre esse tipo de agricultura, os programas e tecnologias existentes para isso, os benefícios e mais. Então, continue lendo até o final para se inteirar do assunto!

O que é agricultura de baixo carbono?

Foi em 2009 que o Brasil começou a criar programas e tecnologias para a redução das emissões de GEE. Esses programas envolvem diversos setores, e a agricultura é um deles. 

Neste setor em específico, foi criado o Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura, popularmente conhecido como Plano ABC. Falaremos mais dele no decorrer do texto.

De modo geral, a agricultura de baixo carbono é uma agricultura mais sustentável. De forma que alimentos ainda sejam produzidos com qualidade, mas adotando as tecnologias de produção sustentáveis, com o objetivo de responder aos compromissos de redução de emissão de GEE.

O carbono é essencial na agricultura. E, por isso, adotar maneiras de mitigar as emissões desse gás é crucial. Na agricultura, ele está presente no solo e na planta. Durante processos como aração e gradagem do solo, o carbono é liberado.

Já as plantas usam o carbono no momento da fotossíntese. E, com isso, uma das formas de reduzir a emissão do carbono na atmosfera é através do “resgate” do carbono liberado no solo para o uso na fotossíntese.

Programa ABC agricultura de baixo carbono

O plano ABC é a principal política pública voltada ao agronegócio, seu objetivo é promover a agricultura de baixo carbono no Brasil. Esse plano foi criado em 2009. E, 10 anos depois, em 2019, a plataforma do Sistema de Estimativa de Emissão de Gases (SEEG) divulgou que o Brasil lançou na atmosfera 2,17 bilhões de toneladas de dióxido de carbono.

Desse número alarmante, 72% das toneladas são originárias de atividades agrícolas! Com a preocupação aumentando, e com o incentivo das políticas públicas, em 2020 o programa ABC financiou cerca de R$ 1,958 bilhão na agricultura brasileira.

Com isso, mais de 750 mil hectares das áreas rurais do país puderem adquirir tecnologias sustentáveis para promover uma agricultura com menor número de emissão de gás carbono. 

Até o início de 2023 o programa já havia levado tecnologias sustentáveis para mais de 50 milhões de hectares ao redor do país. Quando comparado a 2019, esse número representa um aumento de 47%.  

Nos tópicos abaixo falamos sobre três programas que fazem parte do Plano ABC. Continue lendo para entender melhor cada um deles.

Recuperação de Pastagens Degradadas

Esse programa promove a redução de carbono através da conservação do solo. Locais degradados costumam ter o solo exposto. Com isso, uma série de problemas aparecem, como, por exemplo, a falta de matéria orgânica, um solo compactado que prejudica o desenvolvimento de plantas.

Como as plantas não se desenvolvem bem nesse tipo de solo, não existe o “resgate” do carbono. Assim, ele é liberado muito mais do que retido. Esse programa então visa recuperar esses solos para que mais plantas saudáveis e matéria orgânica cresça naquele local. O que, consequentemente, ajuda na redução de gases.

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) e Sistemas Agroflorestais (SAFs)

Os SAFs e iLPF têm como maior objetivo a ocupação de terra com diversas produções agrícolas e até mesmo pecuárias. 

Esse programa promove a plantação de árvores, culturas agrícolas e criação de gado, ovinos ou caprinos em um mesmo local. Com isso, o solo estará sempre ocupado com alguma cultura, o que resulta em menor risco de erosão e maior circulação de nutrientes.

Sistema Plantio Direto (SPD)

Para ter um sistema de plantio direto é crucial não fazer o revolvimento do solo. Isso, por si só, já reduz a emissão de carbono. 

Para esse tipo de plantio, também é altamente recomendado a adubação de cobertura. Essa prática ajuda as plantas a reciclar os nutrientes do solo, o que contribui para a retenção do carbono.

Benefícios da agricultura de baixo carbono

A agricultura de baixo carbono, além de minimizar a emissão dos gases causadores do efeito estufa, também oferece outros benefícios, principalmente para os produtores agrícolas. Como, por exemplo, o aumento da produção.

Diversas ações tomadas para diminuir a emissão de GEE, também favorecem as plantações. Como, ao usar bactérias capazes de fixar nitrogênio nas plantas, a quantidade de adubo nitrogenado usado nas plantações é reduzido. Com isso, o produtor consegue economizar ao não ter mais esse gasto.

O programa ABC também conta com uma linha de crédito com juros menores para os produtores que escolhem fazer uma agricultura mais sustentável que visa reduzir a emissão de carbono. Assim, esses agricultores conseguem ter acesso às tecnologias da agricultura de baixo carbono.

Gostou de saber sobre o assunto? Aproveite então para conferir mais conteúdos sobre agricultura no nosso blog. Conheça também os produtos da Green Place que seguem os ideais da agricultura verde.

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