O Brasil tem grande importância e impacto na agricultura. Tanto mundial, com as exportações, quanto nacional, com o movimento na economia. Mas, para continuar com essa relevância, é preciso garantir a qualidade das culturas plantadas. Uma forma de fazer isso é através da análise de solo.
Essa prática é crucial para a agricultura. É por essa ação que os produtores agrícolas identificam as propriedades químicas e físicas do solo. Assim, sabem exatamente o tipo de correção e manejo necessários para aquela área.
A análise permite que os agricultores entendam o nível de fertilidade do solo e o que pode ser um limitador para a produtividade agrícola. Mas, para que a análise seja de fato eficiente, é necessário fazer todos os passos corretamente.
Neste texto falamos mais sobre o que é essa análise, sua importância, os tipos, como fazer e mais! Então, continue com a leitura deste conteúdo até o final para saber tudo sobre essa importante ação para a agricultura!
O que é análise de solo?
A análise de solo consiste em um conjunto de procedimentos realizados para avaliar os atributos químicos, físicos e biológicos do solo. É através dos resultados da análise que fica possível saber se o solo é capaz de fornecer os nutrientes necessários para que a cultura se desenvolva ou não.
Normalmente, essa análise é feita para identificar o nível de fertilidade do solo. Assim, é possível recomendar o uso de corretivos e fertilizantes minerais, além do manejo correto para obter o resultado esperado.
É somente após ter o resultado dessa ação em mãos que o produtor agrícola saberá exatamente a quantidade correta de produtos a serem aplicados no solo.
Importância da análise de solo
Como já deve ter ficado claro até aqui, a análise de solo é essencial para que os produtores agrícolas saibam as características do solo e suas necessidades para melhorar tais características. Sendo assim, a análise é importante para que seja identificado:
- o nível de pH do solo;
- a textura, estrutura e porosidade do solo;
- os contaminantes;
- macro e micronutrientes presentes no solo;
- necessidade de rotação de culturas;
- matéria orgânica;
- tipos e quantidades de insumos necessários para a melhora do solo.
A análise do solo contribui também para o aumento da produtividade de forma sustentável e rentável. E, para os produtores, essa ação é muito benéfica financeiramente falando. Além do valor da análise ser acessível, ao saber exatamente do que o solo precisa, os responsáveis não gastam dinheiro com insumos que não trarão resultados.
Tipos de análise
Atualmente, existem três tipos de análise que podem ser feitas no solo. Cada uma delas com suas especificações e objetivos. Nos tópicos abaixo falamos mais sobre cada tipo. Confira e saiba qual é a melhor opção para sua cultura!
Física
A análise física do solo é de extrema importância para conhecer sua textura. Nessa análise são avaliadas a granulometria, a porcentagem de areia, silte e argila do solo, dentre outras características.
A textura do solo é uma das propriedades que menos sofrem alterações ao longo do tempo. Por isso, não é necessário fazer essa avaliação mais de uma vez. No entanto, se o produtor agrícola não tem conhecimento das propriedades físicas da área que deseja usar para uma cultura, é fundamental fazer a análise.
Isso porque, a análise física indica os riscos de erosão, mostra a disponibilidade de água no solo, auxilia no entendimento das melhores culturas para aquele tipo de solo e indica o melhor tipo de defensivo agrícola para aquela área.
Química
Sobre a análise química é importante saber que existem dois tipos. Sendo eles a análise completa e a análise básica.
A análise química completa é recomendada para produtores agrícolas que não possuem nenhuma informação sobre o solo em que pretendem plantar culturas. Essa análise realiza testes completos para obter uma ampla avaliação sobre os macronutrientes e micronutrientes presentes naquela região.
Essa avaliação também é indicada quando o agricultor deseja mudar a cultura plantada e quando a plantação apresenta perda de produtividade e deficiência em alguma parte específica da lavoura.
Já a análise química básica, como o próprio nome indica, apenas testes básicos são realizados. Essa avaliação é indicada para quando já se tem informações do solo daquela região.
O ideal é tornar a análise básica parte da rotina dos cuidados com o solo, sendo realizado ao menos uma vez por ano. Assim, o agricultor fica sempre ciente da saúde do solo e não é pego de surpresa.
Como fazer análise de solo
Para que a análise de solo seja eficiente, é preciso tomar alguns cuidados e seguir alguns passos na operação desse processo.
O primeiro deles é determinar a época em que será feita a análise. A coleta das amostras do solo para a análise devem ser feitas no período que antecede a plantação das lavouras. Esse período deve ser de uns três meses, para que dê tempo de fazer as correções, caso seja necessário.
É quase impossível realizar testes em todo o território, por isso, é fundamental dividir o terreno em glebas, porções ou subtalhões, com no máximo 10 hectares. A divisão pode ser feita com base na textura, coloração, relevo do terreno, entre outras características.
Dessa divisão, devem ser coletadas de 15 a 20 amostras de cada parte do terreno. É muito importante que a amostra esteja limpa, ou seja, sem resíduos de culturas anteriores ou defensivos agrícolas usados no passado.
As amostras devem ser recolhidas de uma profundidade de aproximadamente 20 centímetros. Também é necessário descrever na amostra o tipo de terreno de que ela foi retirada como relevo e espécie cultivada no local.
Para o envio ao laboratório, a amostra precisa ser identificada com o nome da propriedade em que foi tirada e a data da coleta. Após a coleta feita, é preciso mandar essas amostras para um laboratório. O produtor agrícola deve escolher um laboratório especializado em análise de solo.
Como interpretar análise de solo
A interpretação de análise de solo pode ser uma tarefa complexa, mas ela é imprescindível para que o manejo correto seja feito e a cultura se desenvolva de forma saudável. É importante ter em mente que essa interpretação pode variar de acordo com a cultura plantada e o manejo feito.
Com os resultados da análise em mãos, o recomendado é que o produtor faça a conferência e comparação dos resultados com tabelas que apresentam a quantidade de nutrientes necessários para as culturas.
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) disponibiliza tabelas feitas por pesquisadores que estudam a relação entre nutrição, solo e desenvolvimento vegetal. Dessa forma, o agricultor pode começar a bolar estratégias de fertilização e adubação.
O nível de pH do solo, que também vem descrito no resultado da análise, pode indicar a necessidade de ações como a calagem.
Como mencionado anteriormente, essa interpretação pode ser muito complexa e gerar dúvidas. Por isso, recomendamos o auxílio de um agrônomo ou técnico agrícola qualificado para essa tarefa.
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