Veja o cultivo e os cuidados necessários para a cocoicultura

A cocoicultura, como será possível ver neste artigo, é uma das culturas agrícolas mais importantes para a economia brasileira. Apesar de ser uma cultura originária da Ásia, o fruto se adaptou muito bem no clima e solos do Brasil.

Com diferentes tipos de coco, podendo ser usado como ingrediente para diversas receitas, sendo ótima fonte de hidratação, o coco é tão relevante que tem até mesmo um dia internacional dedicado à ele.

Todo dia 2 de setembro é celebrado o Dia Mundial do Coco. Essa data, assim como a cultura em si, teve início na Ásia em 2009, sendo criada pela Comunidade do Coco da Ásia e do Pacífico para mostrar ao público os benefícios do fruto do coqueiro e seus subprodutos.

Neste texto falamos mais sobre a cultura do coco no Brasil, as características de cada tipo, sua importância para o país, o cultivo correto e muito mais. Então, continue com a leitura deste conteúdo até o final e fique por dentro desse assunto!

Cocoicultura no Brasil

A cocoicultura foi introduzida no Brasil no século XVI, mas sua origem é do Sudeste Asiático. Os frutos dessa cultura são produzidos pelo coqueiro, que por sua vez é uma planta da espécie da palmeira.

Como já mencionado, existem diversos tipos de coco. No entanto, no Brasil encontramos três principais variedades. Sendo elas: coco anão, coco gigante e coco híbrido. Falamos melhor sobre cada um deles no decorrer deste conteúdo.

O coqueiro é uma planta que gosta de climas quentes e, por isso, precisa ser submetida ao calor para se desenvolver bem. Para ter uma noção de como essas plantas gostam do clima quente, de acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), cerca de 80% dos cocos produzidos em terras brasileiras são da região nordeste do país.

Até 2022, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Ceará é o Estado brasileiro que mais produz o fruto. Só em 2022, o Estado produziu a quantidade de 572,32 milhões de cocos! Além dessa alta produção, o Ceará também é o Estado que mais exporta a água de coco.

Como a demanda, interna e externa, pelo fruto e pela água de coco é alta, a cocoicultura é uma das grandes responsáveis por movimentar a economia brasileira, principalmente pelos números da exportação. Além disso, essa cultura também gera muitos empregos.

Política Nacional de Incentivo à Cocoicultura de Qualidade

Para reforçar ainda mais a importância da cocoicultura para o Brasil, em fevereiro de 2024 a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) aprovou o projeto de lei que institui a Política Nacional de Incentivo à Cocoicultura de Qualidade. 

O PL 2.218/2022 tem como principais objetivos elevar a produtividade, competitividade e sustentabilidade do cultivo de coco no país. Com esse projeto de lei também espera-se que a produção e processamento do fruto seja elevado. 

Outros pontos que o PL visa promover e ampliar são: políticas de financiamento e de seguro do crédito e da renda, pesquisa e a assistência, agricultura familiar, produção orgânica, entre outros.

Tipos de coco

Como mencionado anteriormente, neste mesmo conteúdo, existem diversos tipos de coqueiros que dão diferentes tipos de coco. No entanto, no Brasil existem três espécies que são mais cultivadas. 

Nos tópicos abaixo falamos mais detalhadamente sobre cada uma delas. Confira!

Coco anão

O coco anão, também conhecido como coqueiro de jardim, se adapta muito bem a climas tropicais e subtropicais. Por ser uma espécie de coqueiro que não cresce muito, é bastante encontrado em jardins de casas. 

No entanto, conforme ocorre o aumento da demanda pelo fruto, é possível ver também um aumento no cultivo desse tipo de coqueiro. Isso acontece porque o coco anão é rico em água de coco. Com isso, mais produtores agrícolas estão optando por este tipo.

O coqueiro anão chega a produzir até 120 frutos ao ano, podendo alcançar 250 frutos em sistemas irrigados. Sua produção tem início após dois anos e meio.

Coco gigante

Como o próprio nome indica, o coco gigante, ou coqueiro gigante, pode atingir a altura de 30 a 35 metros! Essa é a espécie de coqueiro encontrada no Brasil que tem o maior tempo de vida, podendo chegar até 70 anos.

No entanto, o coqueiro gigante é o que mais precisa de tempo para começar a dar frutos. Sua produção começa entre os 5 e 7 anos de vida. Apesar de dar frutos durante o ano todo, é durante o verão e a primavera que a produção é mais significativa. 

O coqueiro gigante produz de 200 a 300 cocos por ano. E seu fruto pesa, em média, 1.400 quilogramas, o equivalente a quase o dobro do tamanho do coco do coqueiro anão. 

Apesar do coco gigante conter muita água, o sabor não é tão agradável ao paladar. Por isso, grande parte de sua produção é destinada às indústrias de transformação. Ou seja, os frutos são levados para indústrias que produzem coco ralado, leite de coco, óleo de coco, entre outros.

Coco híbrido

O coco híbrido, ou coqueiro híbrido, é exatamente o que o nome indica. É uma espécie que surge da união entre o coqueiro anão e o coqueiro gigante. Essa modificação genética é feita de forma natural e é muito comum de acontecer quando as duas espécies coexistem no mesmo local sem uma distância adequada.

Para que isso ocorra, a polinização acontece através de diferentes insetos, sendo as abelhas as principais. Essa espécie pode chegar a 20 metros de altura. E, apesar do seu desenvolvimento ser mais rápido que o da espécie anã, ainda é mais lento que a espécie gigante.  

O coqueiro híbrido começa a dar frutos entre o terceiro e o quarto ano após a germinação. A maioria desses frutos são utilizados para o comércio e consumo da polpa da fruta. Essa espécie pode viver de 50 a 60 anos e tem uma produção média de 13.750 cocos ao longo da vida.

Cultivo da cocoicultura

Para que os coqueiros se desenvolvam de forma saudável, de forma que os frutos sejam de qualidade e ofereçam bom retorno econômico, é necessário se atentar às necessidades e características da cocoicultura.

Como, por exemplo, o clima. Para melhores resultados, os coqueiros precisam ser plantados em regiões tropicais, com temperaturas médias de 21°C a 30°C. A luz do sol direta também é fundamental para o desenvolvimento dessa cultura.

O solo deve ser bem drenado, visto que os coqueiros não se adaptam em solos encharcados. Mas, também é preciso fazer uma rega adequada. Por mais que essas plantas mostram resistência à seca, elas ainda precisam de rega. O ideal é um solo úmido, mas nunca encharcado ou com poças de água perto das plantas.

Cuidando da cocoicultura com a Green Place

Assim como as outras culturas, a cocoicultura também enfrenta algumas ameaças como pragas e doenças. Além também de precisar competir por espaço com as ervas daninhas

Dentre as pragas que afetam a cultura do coco estão a Traça das Flores e dos Frutos Novos, que compromete o desenvolvimento dos frutos, fazendo com que estes caiam dos coqueiros ainda pequenos. Os que conseguem crescer, possuem deformidades, perdem peso e, consequentemente, perdem o valor comercial.

A Lagarta das Palmeiras (Brassolis sophorae) é outra praga que atinge os cocos. Essa, por sua vez, causa desfolha e deprecia o produto pela presença de suas fezes junto às plantas.

O Bitrin 100 EC da Green Place é um inseticida e acaricida piretróide que age por contato e ingestão e ajuda no combate das pragas citadas. 

Quanto às doenças da cocoicultura podemos ressaltar a Queima-das-Folhas (Lasiodiplodia theobromae), que provoca a formação de lesões escuras, encharcadas e com uma superfície rugosa. Essa doença possui crescimento rápido e causa o apodrecimento e mumificação do fruto. 

Outra doença é a Mancha Púrpura (Bipolaris incurvata), ela atinge principalmente as plantas jovens em viveiros. Seu principal sintoma é o surgimento de manchas foliares, marrom, rodeadas por um halo amarelo-ouro.

Essa doença se espalha rapidamente e quando não é feito o controle correto, ela atinge um nível mais alto de severidade. As lesões passam a coalescer, ocupando grandes áreas na lâmina foliar e provocando a necrose dos tecidos nas margens dos folíolos.

A Green Place conta com outro produto que ajuda no combate dessas doenças. O Passerelle é um fungicida sistêmico do grupo dos triazóis, e atua no fungo inibindo a biossíntese de ergosterol, essencial à integridade da membrana celular, paralisando o desenvolvimento do patógeno.

Entre em contato com a equipe Green Place saber como proteger sua plantação de doenças e pragas!

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