Todo produtor agrícola e pecuarista, em algum momento da vida, precisou lidar com erva daninha. Essas plantas indesejadas se proliferam de forma rápida e afetam, seja de forma direta ou indireta, as lavouras e pastos de todo o país.
Nas lavouras, as ervas daninhas impactam no desenvolvimento e produção das outras culturas.Em pastagem, afeta justamente a qualidade do pasto. Isso porque, a erva daninha compete por nutrientes, espaço, absorção de água e luz com as outras culturas e com as forrageiras.
Além do prejuízo na produção, a erva daninha também impacta negativamente o financeiro do pecuarista, visto que é preciso investir em formas de manejo e controle dessas plantas invasoras.
Existem diversos tipos de ervas daninhas, assim como também existe mais de um jeito de fazer o controle. Neste conteúdo você confere essas e outras informações. Então, continue lendo até o final para saber qual a melhor forma de controlar a erva daninha, e consequentemente, de cuidar do seu pasto.
Ciclo da erva daninha
O ciclo de vida da erva daninha é dividido em três categorias. Sendo elas: anuais, bianuais e perenes, essa última sendo a que mais preocupa os pecuaristas.
As ervas daninhas da categoria “anuais”, como o próprio nome indica, são aquelas que completam todo seu ciclo de vida dentro de um ano. Passam pelo desenvolvimento vegetativo, florescimento e chegam na produção de sementes no período de um ano.
As anuais ainda podem ser de verão ou de inverno. As de verão começam a germinação durante a primavera e atingem a maturidade na estação mais quente, finalizando o ciclo no outono. Já as de inverno, começam a germinar no outono, atingem a maturidade no inverno e finalizam o ciclo durante a primavera e verão.
As bianuais completam o ciclo todo dentro de dois anos. Sendo que no primeiro ano as plantas passam pelo processo de germinação e vegetação. E, no ano seguinte, passam pelo processo de florescimento e produção de sementes. Quando essa fase acaba, as plantas morrem.
As ervas daninhas perenes, também chamadas de policárpicas, são as que mais preocupam os pecuaristas. Isso porque, essas plantas possuem ciclo de vida muito maior que dois anos.
Em alguns casos, o tempo total do ciclo de vida é quase indefinido, de tão longo que pode ser. Elas são muito mais resistentes e se reproduzem por sementes, enquanto as outras duas se reproduzem por bulbos, tubérculos, rizomas e estolões.
Para conseguir identificar se a planta que está crescendo no seu pasto é daninha ou não, observe se ela se propaga rápido, tem facilidade em se adaptar às condições climáticas do local e se possuem estrutura simples e que permite a dispersão e germinação de forma fácil e rápida.
Principais espécies de erva daninha no pasto
Existem diversas espécies de erva daninha. Nos tópicos abaixo, separamos algumas das espécies mais comuns de afetar os pastos. Confira!
Malva-relógio
A Malva-relógio (Sida acuta cv carpinifolia) também conhecida como malvinha, é uma erva daninha que afeta as pastagens, jardins, pomares e terrenos baldios. Essas plantas invasoras são de ciclo anual e perene.
Vassoura-de-botão
A vassourinha-de-botão (Spermacoce verticillata) pertence à família Rubiaceae que atinge lavouras, pastagens, áreas degradadas e antropizadas. É considerada uma das ervas daninhas mais prejudiciais para as plantações de milho, soja e algodão no Brasil.
Essa planta invasora é capaz de se desenvolver em todas as regiões do país, principalmente no Centro-Oeste brasileiro. Ela é de ciclo perene e reproduzida exclusivamente por sementes.
Leiteiro
O Leiteiro (Euphorbia heterophylla L.) é uma erva daninha de ciclo anual que pode chegar a até 2 metros de altura! Essa planta pode germinar o ano todo e tem grande capacidade de multiplicação, crescimento e desenvolvimento.
Guanxuma
A Sida rhombifolia, conhecida como Guanxuma, é uma erva daninha de ciclo anual que pode chegar até 80 centímetros de altura. A proliferação dessa planta é feita por sementes. O controle da Guanxuma é feito quimicamente.
Juá Bravo
Juá Bravo (Solanum sisymbriifolium) é uma planta daninha de ciclo anual que produz muitos frutos. As plantas dessa espécie podem chegar a até 120 centímetros e a proliferação é feita por sementes. O controle deve ser feito pelo método químico ou mecânico.
Mata-pasto
Mata-pasto (Eupatorium maximilianii) é uma erva daninha de ciclo anual que floresce de forma mais intensa entre os meses de fevereiro a abril. Solos argilosos são propensos para o desenvolvimento em grande escala dessa erva daninha.
Assa-peixe
Assa-peixe, também conhecida como Cambará açu (Vernonia polyanthes) é uma erva daninha muito prejudicial, dependendo do seu grau de infestação, pode acabar com toda uma lavoura.
Sua disseminação é feita por sementes carregadas pelo vento e sua germinação ocorre nos meses de janeiro a abril.
Como fazer o controle da erva daninha
Existem mais de uma forma de realizar o controle da erva daninha. Inclusive, algumas dessas maneiras podem ser usadas em conjunto para que o pecuarista possa obter um resultado ainda melhor. Esses meios de controle podem ser aplicados antes, durante e após o cultivo.
Confira a seguir os métodos de controle.
Controle preventivo
O controle preventivo é aquele que acontece antes das ervas invadirem o pasto, como o próprio nome diz.
Para que essa prevenção seja bem sucedida, o pecuarista deve realizar a limpeza completa de maquinários e implementos agrícolas, impedir que os animais transitem entre áreas infestadas e áreas livres de daninhas e utilize apenas sementes certificadas.
Controle cultural
No controle cultural, é preciso levar em consideração as condições ambientais e procedimentos específicos para a cultura que será plantada naquela região. Isso reduz consideravelmente as chances de erva daninha surgir naquele local.
O espaçamento entrelinhas, junto com as informações sobre o solo, características do clima da região, tipo de adubação, é uma forma de controle cultural. Quanto menor for esse espaço, mais difícil fica para as ervas daninhas se proliferarem.
Outra forma de controle cultural é através da rotação da cultura. Ervas daninhas podem se adaptar melhor a um tipo de cultura. Quando acontece a rotação, a planta invasora não consegue continuar se desenvolvendo.
Controle físico e mecânico
O controle físico consiste de várias técnicas, como por exemplo, inundação. Essa técnica dificulta o acesso ao oxigênio, matando assim as plantas mais sensíveis. Também existem as práticas de plantio direto e de cobertura do solo com vegetais.
O controle mecânico é bastante usado em áreas pequenas. Esse método exige muita mão de obra, visto que os pecuaristas realizam de duas a três capinas com enxada ou outro equipamento de tração, após um período de 40 dias da semeadura.
Controle biológico
O controle biológico é feito através de inimigos naturais, como, fungos, vírus, insetos, aves, entre outros. O inimigo natural usado precisa ser muito bem escolhido e específico para a erva daninha, pois após eliminar o hospedeiro, não ataque nenhuma outra espécie.
Controle químico
Um dos métodos mais eficazes é o controle químico, feito prioritariamente por herbicidas. Os herbicidas devem ser usados em conjunto com outros métodos de controle já citados aqui. Mas, é importante escolher corretamente o produto a ser usado.
A Green Place conta com diversos herbicidas que são recomendados para o pasto, como por exemplo, o Arena um herbicida seletivo de ação sistêmica, à base de picloram e 2,4D, recomendado para o controle pós-emergente de plantas daninhas dicotiledôneas anuais, bianuais ou perenes em pastagens.
Também temos o Tropero, herbicida seletivo de ação sistêmica, à base de picloram, recomendado para o controle de plantas daninhas dicotiledôneas de porte subarbustivo, arbustivo e arbóreo, infestantes em áreas de pastagens de gramíneas forrageiras.
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